quinta-feira, 30 de maio de 2019

Informalidade na Economia.



A informalidade, termo usado na Economia para os números que não aparecem no computo geral do que é produzido pela economia do país (PIB), movimentou no ano de 2018, a impressionante cifra de 1.170 trilhões de reais, o que equivale a quase duas vezes (2017), a  produção da economia África do Sul, pais de 60 milhões de habitantes.
Os dados da Informalidade revelam seu avanço no Brasil, pelo 4º ano seguido, segundo o índice de Economia Subterrânea (IES), divulgado pelo Ibre/FGV ( Fundação Getúlio Vargas) o que equivale a 16,9% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
Estas cifras são relevantes, considerando que a “produção” ocorre no paralelo, ajuda as pessoas que por diversas razões utilizam este caminho como opção de vida na questão de sua renda pessoal, mas interfere diretamente nos recursos do governo, porque não pagam um centavo sequer de tributo, impostos ou taxas.
Em se tratando de contas públicas é um desastre, porque, sem arrecadação, o governo federal fica “sem caixa” para fazer investimentos, pagar suas contas, custear a máquina do estado, atender benefícios sociais e etc. Mais ao final deste caminho vai desencadear, ora ou outra, o incremento da inflação.
É preocupante também, sob o aspecto de que a sua existência, revela uma fragilidade do Estado, quanto ao seu papel regulador (no Brasil é muito mais controlador) da economia, onde uma atuação com eficiência resultaria em estabilidade econômica, gerando a livre concorrência, oportunidades de  investimentos em todos os segmentos econômicos, um mercado altamente abastecido e acesso ao consumo à todas as camadas da população.
E o mais grave de tudo é que, a informalidade tem como primeiro sintoma, o não atendimento a todas as oportunidades citadas no parágrafo anterior, reflete no  afastamento de investidores, além de revelar uma economia enfraquecida e o indesejado desemprego.
O mais interessante é que, mesmo com todos os percalços da economia brasileira, com geração de menos emprego a cada ano, a informalidade é um tema que tinha fugido das análises linhas da imprensa há muito tempo, deixando de ser tratada com a devida importância e reflexos que derrama sobre toda a economia, mas este é um motivo para outra análise.  
Escrito por, José Carlos Weil
Economista e Professor. 

Colaborador político e colunista mensal do Blog








quinta-feira, 2 de maio de 2019

Camuflagem na Economia.


Camuflagem na Economia.                                                                 
Camuflar significa disfarçar. Na Economia brasileira, o termo pode ser muito bem aplicado, quando se trata de acompanhar preços e inflação.
Calcada em dois pilares que regem esta ciência, a produção e o consumo, regulam os acontecimentos que ocorrem no mercado e vão determinando o andamento e o ritmo dos índices, que acompanham seu desenvolvimento.
Sabemos que hoje existe uma enorme distância entre o constante aumento de preços de muitos produtos e mercadorias e os índices oficiais divulgados para a inflação. O reflexo imediato disto é a perda de poder aquisitivo da grande maioria da população. Aumento ou reposição dos salários para as categorias de trabalhadores...?  Enfim; na hora de fazer suas compras, cada brasileiro sabe muito bem o que acontece ao pagá-las, susto e incredulidade. 
Para fazermos atender as nossas necessidades, sejam quais forem, precisamos de dinheiro, que chega até nós através do trabalho ou outra atividade laboral, que nem sempre é remunerado de forma compensadora.  O mercado é que deve regular o valor pelo serviço que é prestado. Para uma minoria, e bem pequena por sinal, não há preocupação nenhuma, porque não estão inseridos no rol de relés mortais que mal ganham para seu sustento. Afinal, uma pergunta: para que serve o salário mínimo mesmo, se nem a inflação real lhe é reposta na integridade? Ou alguém, por acaso, acredita nos índices inflacionários divulgados oficialmente pelo governo?  Aliás, é bom que se diga, que o próprio dinheiro, com o qual pagamos nossas “contas”, suado para ganhar até... , não nos pertence, ele é um bem que pertence à terceiros (governo), que detém seu domínio, enquanto nós cidadãos, só temos a posse. Para aqueles “um pouco mais vividos”, basta lembrar do Collor e seu maquiavélico Plano Cruzado, num só “golpe” , derrubou milhões de brasileiros.
Num país “emergente”, em busca de crescimento econômico e melhor posicionamento no mercado mundial, para ampliar suas divisas, o Brasil vai mal. Em razão de crises atuais e, também por escolhas erradas durante duas décadas, quando abandonou o mercado internacional promissor e se voltou para ajudar países paupérrimos, adotando uma política de relações exteriores inadequada, de onde nasceu a grande maioria dos atos de corrupção apurados pela Lava Jato, que investiga o maior roubo de dinheiro público, como jamais visto dantes em qualquer outro país mundo afora, a tarefa que nos resta é correr atrás do tempo perdido. E não vai ser fácil.
Para ilustrar a questão inflacionária, no dia 13/04, a gasolina (produto referência ) vendida no posto em que abasteço regularmente, saltou de R$ 3,959 para 4,0959, ou seja 3,536% de um dia para o outro, bem próximo de 3,75% que foi o índice oficial da Inflação no Brasil em 2018. Como nem tudo é tão “ruim” em nossa economia, 3 dias após, no mesmo Posto, a gasolina baixou de preço para R$ 3,929 o litro. Em 2018, segundo a Petrobrás, o aumento do produto foi de 7,53%, e também que o preço médio na cidade é de R$ 4,179. Quem consegue explicar tamanha dança dos números em nossa economia?Alguém se habilita?
 Assim, é de se perguntar: o que falta para o Brasil estabilizar sua economia como ocorre em tantas nações mundo afora, que não possuem a imensurável gama de riquezas que temos?
O Brasil não pode mais se dar ao luxo de jogar fora oportunidades de ouro que possuímos para inserir nosso país no rol das economias estáveis e produtivas do planeta.
Reforma Tributária, Política, com cortes de gastos públicos e desperdícios devem ser prioridade para este novo governo, que tem inúmeros desafios a vencer , se quiser convencer.
Como detalhe, os brasileiros já pagaram R$ 800 bilhões em impostos desde o início de 2019. O até o dia 23, segundo cálculo do Impostômetro, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
Este montante foi alcançado uma semana mais cedo na comparação com o ano passado, quando a marca de R$ 800 bilhões foi atingida no dia 30 de abril, que corresponde a um aumento de 4,06% para os cofres do governo.
Assim, enquanto ganha com a inflação no quesito financeiro, o governo ainda consegue aumentar sua arrecadação tributária (até aqui) em 4,06%, nada mal para ele, num cenário ainda nebuloso para a Economia Brasileira neste início de 2019
Escrito por, José Carlos Weil
Economista e Professor. 

Colaborador político e colunista mensal do Blog


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O trabalhador brasileiro se acostumou a ser omisso, faz parte da cultura brasileira, agir apenas quando a causa é própria e incontestavel...