Qual a realidade que encontramos no mercado de trabalho autônomo para garçom em Curitiba.
A comissão dos diretores do SINGAPAR AUTÔNOMOS encontrou no mercado muitas pessoas e empresas e também várias “cooperativas ” que funcionam como, verdadeiros "gatos" explorando o trabalhador em Curitiba, e constatou o seguinte:
- Nada se recolhe de impostos sobre esta prestação de serviços.
- Não recolhem o devido para a previdência para estes trabalhadores, pois o que ganham como "taxa" não é suficiente para poder contribuir, ou contribui, ou leva o sustento para casa.
- Os trabalhadores em eventos ou seja, os garçons só recebem o que os intermediadores pagam sem ter um piso minimo para o valor da "taxa", que geralmente é pago por evento e não pelas horas trabalhadas.
- A carreira profissional, na área de garçom praticamente deixou de existir. Poucos se “aventuram” a dar continuidade. Os salões dos eventos, bares, hotéis e similares foram ocupados por pessoas sem o mínimo de treinamento, rebaixando o verdadeiro profissional em trabalhador desqualificado e assim, esse nobre espaço de trabalho foi invadido por amadores que trabalham quando bem entendem já que os angariadores de mão de obra pagam como querem.
- E para aumentar o tamanho do problema vivemos um momento em que o crescimento da crise tem disponibilizado uma quantidade maior de profissionais desempregados de outras atividades que buscam fazer um bico como garçom trazendo mais pessoas desqualificadas e sem compromisso gerando uma imensa barreira para alcançar qualidade nos serviços oferecidos.
- Entretanto, é extremamente necessário, que se considere a quantidade de mulheres que hoje formam um grande contingente de trabalhadores no setor, isto nos mostra que devemos repensar alguns fatores que afetam diretamente estas profissionais.
- Fatores como maternidade, horário noturno dos eventos, que acabam expondo estas mulheres a crescente violência urbana acabam sendo negligenciados pelos supostos contratantes e empresários do setor que exploram continuamente a fragilidade financeira vivida pela grande maioria que busca neste mercado sua renda familiar.
- O desinteresse dos jovens pela profissão de garçom, copeiro, auxiliar de cozinha, segurança, entre outras atividades que envolvem o atendimento gastronômico em eventos se da em decorrência da baixa remuneração e pela grande segregação social que sofrem os profissionais que atuam no setor, pois todos os problemas e ações feitas por empresários inescrupulosos acabaram tornando estas dignas atividades profissionais em atividades de baixo valor.E como resultado desta degradação moral da profissão torna-se mais difícil atrair e reter novos trabalhadores para o setor.
- Somente em Curitiba encontramos 7.104 profissionais com alvará de garçom autônomo.
- Estes alvarás de autônomos são emitidos sem a necessidades de se comprovar a qualificação técnica e profissional destes candidatos a garçons.
Dados da Secretaria Municipal de Finanças (SMF) apontam que em 2010, o total de profissionais atuando como garçons autônomos em Curitiba chegou a mais de 7 mil, o que representa um percentual de 4,5% do total de trabalhadores autônomos da capital.
O sindicato é a ferramenta que pode combater todos esses males, somente através do esforço sindical e da união de todos poderemos concertar estes problemas. Um sindicato só é forte se tem a participação de todos. Venha para o SINGAPAR, e vamos juntos fazer o melhor para todos.
![]() |
A FORÇA DO GARÇOM NO PARANÁ. |