Quem avisa, amigo é ....
“Peço ao povo que me esqueça“.
Com esta frase, João B. O. Figueiredo – último
presidente militar do Brasil (1979/85),
foi embora de Brasília, deixando a Capital Federal para aposentar-se da
política. Entretanto; em 1980, já havia afirmado: “vocês querem, então vou
reconhecer “esse” sindicato como Partido
(PT). Mas não esqueçam que um dia “esse” partido chegará ao poder e lá estando,
tudo fará para instituir o Comunismo. Nesse dia, vocês vão
querer tirá-los de lá. E para tirá-los de lá, será a custa de muito “sangue
brasileiro”.
De lá para cá, entre Tancredo, Sarney, Collor, Itamar Franco, Fernando
Henrique, “Lula”, Dilma e Temer, muita água passou por debaixo da ponte e muito
“sangue, suor e lágrimas”, foram “derramados” por brasileiros, que para
sobreviver dignamente, tiveram que fazer o possível e o impossível em seu
dia-a-dia, para não sucumbir.
Desde a construção de Brasília na década de
50, a política no Brasil tomou rumos desafiantes. De um país extrativista e
monoculturista, a economia brasileira deu
saltos significativos, ampliando sua gama de produtos, industrializando-se e
promovendo uma revolução tecnológica e cultural, que afetaram seu povo,
costumes; enfim, transformaram radicalmente a vida do país e da sua população.
A estas mudanças, a política brasileira não seguiu o mesmo curso e, enquanto a
população se adaptava às transformações, a política foi se curvando a uma série
de vícios, erros e desmandos, que nos levaram ao ponto onde estamos.
O PIB cresceu exponenciamente de 1998 (1
trilhão de reais ) para 6,558 trilhões em 2017. Esta marca evidentemente vêm
mostrar todo o esforço e conjunto de medidas aplicadas no país ao longo das
últimas três décadas. Ressalte-se também, que este crescimento não teve a correspondência
proporcional na distribuição da renda per capita, nos avanços sociais,
culturais e de bem estar geral da população e, principalmente o crescimento do emprego.. Logo a insatisfação. Ainda somos um país de muitos contrastes e
injustiças.
Mas, voltando à política, devemos
destacar que , nestas eleições
majoritárias, passado o 1º. Turno, a população – principalmente os jovens - já mandaram um “recado” direto para muitos
caciques e figurões da política, alguns aposentados pelo eleitor no dia 07 passado,
e também, para alguns partidos
tradicionais da vida pública brasileira, alertando que, finalmente, o
povo brasileiro está “se ligando” um pouco mais nos assuntos relacionados à
política brasileira, e que dizem respeito diretamente às suas vidas.
O próximo pleito do segundo turno, que
ocorrerá dia 28, já trouxe uma enorme transformação em tudo que se viu e já se
fez na política brasileira: Bolsonaro, com uma boa vantagem na preferência de
votos para a presidência da República não é um “mero casuísmo”, é mais um
lembrete à classe política brasileira, para que atentem ao detalhe de que, diante
de tantos progressos experimentados pelo
Brasil nas últimas décadas, os anseios e pretensões do cidadão brasileiro, ainda
estão por ser atendidos. Se preciso, podem e vão usufruir diretamente das
tecnologias adquiridas, informações disponíveis e da “vontade popular” em se
mobilizar, rapidamente para, num curto espaço de tempo, dar novos rumos às suas
vidas, demonstrando nas urnas e no voto que, ou os políticos se alinham as
pretensões populares, ou sem aviso prévio, a aposentadoria será compulsória
para eles.
Quem avisa, amigo é .....
Escrito por, José Carlos Weil
Economista e Professor.
Colaborador político e colunista mensal do Blog.