quarta-feira, 19 de setembro de 2018

A FACA E O VOTO


Voto agora é “na faca”.....
Vividos mais de sessenta anos de minha vida, há muito me tornei um cidadão que se sente na “obrigação” de, a cada 2 anos - atualmente –  (já houve tempos que era a cada 4 anos) , comparecer às urnas para, pelo menos nesta data, me expressar democraticamente, imputando a partidos políticos, através de seus candidatos, a ”função de me representar” nas questões relevantes de minha cidade, meu Estado e País, através do voto (útil).
Não é fácil para o eleitor e, muito menos aos políticos, decidir o que fazer e o que não fazer. Cada um “na sua”, os dois agentes deveriam – sempre - levar em consideração que suas ações e atitudes neste campo da sociedade, requerem a prerrogativa do direito e do dever, de ambos os lados.
A vida atribulada nos dias de hoje, levou as pessoas e a sociedade a um ritmo de vida quase alucinante, quando não, de extrema ansiedade. Na expectativa de ver suas necessidades e anseios “atendidos”; normalmente, ambos os lados se excedem.
Com o imediatismo que é comum quando as partes, por conveniência ou não, se invertem nos papéis que cabem a cada uma, ora é o cidadão que se intitula no direito de querer impor sua vontade à força, ora é o político se intitulando como “sabedor” do desejo do eleitor, apresentando e propondo  normas de conduta que, muitas vezes,  desagradam boa parte do eleitorado, gerando insatisfação crescente e provocando tensão na sociedade.
Por inúmeras razões, decorrente das falhas estruturais de políticas governamentais, com ênfase marcante na formação cultural, o Brasil com mais de 200 milhões de habitantes, dos quais pouco mais de 70% eleitores, se encontra em agonia para mais um momento marcante da sua história; quando, no próximo dia 07 de Outubro, obriga seus eleitores a comparecer às urnas, para exercer seu direito e dever de eleger seus representantes aos governos do Estado e Federal, para os próximos quatro anos. Tremenda responsabilidade para ambas as partes.
Poderia ser mais “light” a participação no pleito se, em melhor consciência, tivéssemos bem preparados para o exercício desta ação democrática.
O que nos torna cada vez mais ansiosos para o exercício do voto a cada pleito, no entanto, não é somente a responsabilidade da tentativa de “acertar” o voto; mais sim, a instabilidade e a agressividade que, à  cada eleição, se torna mais explicita, com atos violentos, seja pelo destino (doenças, acidentes de avião, mortes mal explicadas), ou pela truculência de cidadãos nem um pouco preparados para esta “festa da democracia”, como o “uso da faca” ocorrido no atentado contra o candidato à Presidente Jair Bolsonaro, vítima de tentativa de assassinato, provando que ainda temos um longo caminho para a definitiva consolidação da democracia no Brasil.
Vi  inúmeros fatos ao longo das eleições no Brasil, mas o “uso da faca” na tentativa de definição do voto do eleitor, foi a primeira vez. E, sinceramente, espero que nunca mais ocorra, para o bem da história política brasileira. Lamentável.  


Escrito por, José Carlos Weil
Economista e Professor. 
Colaborador político e colunista mensal do Blog.




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