Camuflagem na Economia.
Camuflar significa
disfarçar. Na Economia brasileira, o termo pode ser muito bem aplicado, quando
se trata de acompanhar preços e inflação.
Calcada em dois pilares que
regem esta ciência, a produção e o consumo, regulam os acontecimentos que
ocorrem no mercado e vão determinando o andamento e o ritmo dos índices, que
acompanham seu desenvolvimento.
Sabemos que hoje existe uma
enorme distância entre o constante aumento de preços de muitos produtos e
mercadorias e os índices oficiais divulgados para a inflação. O reflexo
imediato disto é a perda de poder aquisitivo da grande maioria da população.
Aumento ou reposição dos salários para as categorias de trabalhadores...? Enfim; na hora de fazer suas compras, cada
brasileiro sabe muito bem o que acontece ao pagá-las, susto e
incredulidade.
Para fazermos atender as
nossas necessidades, sejam quais forem, precisamos de dinheiro, que chega até
nós através do trabalho ou outra atividade laboral, que nem sempre é remunerado
de forma compensadora. O mercado é que
deve regular o valor pelo serviço que é prestado. Para uma minoria, e bem
pequena por sinal, não há preocupação nenhuma, porque não estão inseridos no
rol de relés mortais que mal ganham para seu sustento. Afinal, uma pergunta:
para que serve o salário mínimo mesmo, se nem a inflação real lhe é reposta na
integridade? Ou alguém, por acaso, acredita nos índices inflacionários
divulgados oficialmente pelo governo?
Aliás, é bom que se diga, que o próprio dinheiro, com o qual pagamos
nossas “contas”, suado para ganhar até... , não nos pertence, ele é um bem que
pertence à terceiros (governo), que detém seu domínio, enquanto nós cidadãos,
só temos a posse. Para aqueles “um pouco mais vividos”, basta lembrar do Collor
e seu maquiavélico Plano Cruzado, num só “golpe” , derrubou milhões de
brasileiros.
Num país “emergente”, em
busca de crescimento econômico e melhor posicionamento no mercado mundial, para
ampliar suas divisas, o Brasil vai mal. Em razão de crises atuais e, também por
escolhas erradas durante duas décadas, quando abandonou o mercado internacional
promissor e se voltou para ajudar países paupérrimos, adotando uma política de
relações exteriores inadequada, de onde nasceu a grande maioria dos atos de
corrupção apurados pela Lava Jato, que investiga o maior roubo de dinheiro
público, como jamais visto dantes em qualquer outro país mundo afora, a tarefa
que nos resta é correr atrás do tempo perdido. E não vai ser fácil.
Para ilustrar a questão
inflacionária, no dia 13/04, a gasolina (produto referência ) vendida no posto
em que abasteço regularmente, saltou de R$ 3,959 para 4,0959, ou seja 3,536% de
um dia para o outro, bem próximo de 3,75% que foi o índice oficial da Inflação
no Brasil em 2018. Como nem tudo é tão “ruim” em nossa economia, 3 dias após,
no mesmo Posto, a gasolina baixou de preço para R$ 3,929 o litro. Em 2018,
segundo a Petrobrás, o aumento do produto foi de 7,53%, e também que o preço
médio na cidade é de R$ 4,179. Quem consegue explicar tamanha dança dos números
em nossa economia?Alguém se habilita?
Assim, é de se perguntar: o que falta para o
Brasil estabilizar sua economia como ocorre em tantas nações mundo afora, que não
possuem a imensurável gama de riquezas que temos?
O Brasil não pode mais se
dar ao luxo de jogar fora oportunidades de ouro que possuímos para inserir
nosso país no rol das economias estáveis e produtivas do planeta.
Reforma Tributária,
Política, com cortes de gastos públicos e desperdícios devem ser prioridade
para este novo governo, que tem inúmeros desafios a vencer , se quiser
convencer.
Como detalhe,
os brasileiros já pagaram R$ 800 bilhões em impostos desde o início de 2019. O até
o dia 23, segundo cálculo do Impostômetro, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
Este montante foi
alcançado uma semana mais cedo na comparação com o ano passado, quando a marca
de R$ 800 bilhões foi atingida no dia 30 de abril, que corresponde a um aumento
de 4,06% para os cofres do governo.
Assim, enquanto ganha
com a inflação no quesito financeiro, o governo ainda consegue aumentar sua
arrecadação tributária (até aqui) em 4,06%, nada mal para ele, num cenário
ainda nebuloso para a Economia Brasileira neste início de 2019
Escrito por, José Carlos Weil
Economista e Professor.
Colaborador político e colunista mensal do Blog
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