quinta-feira, 2 de maio de 2019

Camuflagem na Economia.


Camuflagem na Economia.                                                                 
Camuflar significa disfarçar. Na Economia brasileira, o termo pode ser muito bem aplicado, quando se trata de acompanhar preços e inflação.
Calcada em dois pilares que regem esta ciência, a produção e o consumo, regulam os acontecimentos que ocorrem no mercado e vão determinando o andamento e o ritmo dos índices, que acompanham seu desenvolvimento.
Sabemos que hoje existe uma enorme distância entre o constante aumento de preços de muitos produtos e mercadorias e os índices oficiais divulgados para a inflação. O reflexo imediato disto é a perda de poder aquisitivo da grande maioria da população. Aumento ou reposição dos salários para as categorias de trabalhadores...?  Enfim; na hora de fazer suas compras, cada brasileiro sabe muito bem o que acontece ao pagá-las, susto e incredulidade. 
Para fazermos atender as nossas necessidades, sejam quais forem, precisamos de dinheiro, que chega até nós através do trabalho ou outra atividade laboral, que nem sempre é remunerado de forma compensadora.  O mercado é que deve regular o valor pelo serviço que é prestado. Para uma minoria, e bem pequena por sinal, não há preocupação nenhuma, porque não estão inseridos no rol de relés mortais que mal ganham para seu sustento. Afinal, uma pergunta: para que serve o salário mínimo mesmo, se nem a inflação real lhe é reposta na integridade? Ou alguém, por acaso, acredita nos índices inflacionários divulgados oficialmente pelo governo?  Aliás, é bom que se diga, que o próprio dinheiro, com o qual pagamos nossas “contas”, suado para ganhar até... , não nos pertence, ele é um bem que pertence à terceiros (governo), que detém seu domínio, enquanto nós cidadãos, só temos a posse. Para aqueles “um pouco mais vividos”, basta lembrar do Collor e seu maquiavélico Plano Cruzado, num só “golpe” , derrubou milhões de brasileiros.
Num país “emergente”, em busca de crescimento econômico e melhor posicionamento no mercado mundial, para ampliar suas divisas, o Brasil vai mal. Em razão de crises atuais e, também por escolhas erradas durante duas décadas, quando abandonou o mercado internacional promissor e se voltou para ajudar países paupérrimos, adotando uma política de relações exteriores inadequada, de onde nasceu a grande maioria dos atos de corrupção apurados pela Lava Jato, que investiga o maior roubo de dinheiro público, como jamais visto dantes em qualquer outro país mundo afora, a tarefa que nos resta é correr atrás do tempo perdido. E não vai ser fácil.
Para ilustrar a questão inflacionária, no dia 13/04, a gasolina (produto referência ) vendida no posto em que abasteço regularmente, saltou de R$ 3,959 para 4,0959, ou seja 3,536% de um dia para o outro, bem próximo de 3,75% que foi o índice oficial da Inflação no Brasil em 2018. Como nem tudo é tão “ruim” em nossa economia, 3 dias após, no mesmo Posto, a gasolina baixou de preço para R$ 3,929 o litro. Em 2018, segundo a Petrobrás, o aumento do produto foi de 7,53%, e também que o preço médio na cidade é de R$ 4,179. Quem consegue explicar tamanha dança dos números em nossa economia?Alguém se habilita?
 Assim, é de se perguntar: o que falta para o Brasil estabilizar sua economia como ocorre em tantas nações mundo afora, que não possuem a imensurável gama de riquezas que temos?
O Brasil não pode mais se dar ao luxo de jogar fora oportunidades de ouro que possuímos para inserir nosso país no rol das economias estáveis e produtivas do planeta.
Reforma Tributária, Política, com cortes de gastos públicos e desperdícios devem ser prioridade para este novo governo, que tem inúmeros desafios a vencer , se quiser convencer.
Como detalhe, os brasileiros já pagaram R$ 800 bilhões em impostos desde o início de 2019. O até o dia 23, segundo cálculo do Impostômetro, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
Este montante foi alcançado uma semana mais cedo na comparação com o ano passado, quando a marca de R$ 800 bilhões foi atingida no dia 30 de abril, que corresponde a um aumento de 4,06% para os cofres do governo.
Assim, enquanto ganha com a inflação no quesito financeiro, o governo ainda consegue aumentar sua arrecadação tributária (até aqui) em 4,06%, nada mal para ele, num cenário ainda nebuloso para a Economia Brasileira neste início de 2019
Escrito por, José Carlos Weil
Economista e Professor. 

Colaborador político e colunista mensal do Blog


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