A informalidade, termo usado
na Economia para os números que não aparecem no computo geral do que é
produzido pela economia do país (PIB), movimentou no ano de 2018, a
impressionante cifra de 1.170 trilhões de reais, o que equivale a quase duas
vezes (2017), a produção da economia
África do Sul, pais de 60 milhões de habitantes.
Os dados da Informalidade
revelam seu avanço no Brasil, pelo 4º ano seguido, segundo o índice de Economia
Subterrânea (IES), divulgado pelo Ibre/FGV ( Fundação Getúlio Vargas) o que
equivale a 16,9% do Produto Interno Bruto (PIB)
brasileiro.
Estas cifras
são relevantes, considerando que a “produção” ocorre no paralelo, ajuda as
pessoas que por diversas razões utilizam este caminho como opção de vida na
questão de sua renda pessoal, mas interfere diretamente nos recursos do
governo, porque não pagam um centavo sequer de tributo, impostos ou taxas.
Em se tratando
de contas públicas é um desastre, porque, sem arrecadação, o governo federal
fica “sem caixa” para fazer investimentos, pagar suas contas, custear a máquina
do estado, atender benefícios sociais e etc. Mais ao final deste caminho vai
desencadear, ora ou outra, o incremento da inflação.
É preocupante
também, sob o aspecto de que a sua existência, revela uma fragilidade do
Estado, quanto ao seu papel regulador (no Brasil é muito mais controlador) da
economia, onde uma atuação com eficiência resultaria em estabilidade econômica,
gerando a livre concorrência, oportunidades de
investimentos em todos os segmentos econômicos, um mercado altamente
abastecido e acesso ao consumo à todas as camadas da população.
E o mais grave
de tudo é que, a informalidade tem como primeiro sintoma, o não atendimento a
todas as oportunidades citadas no parágrafo anterior, reflete no afastamento de investidores, além de revelar
uma economia enfraquecida e o indesejado desemprego.
O mais
interessante é que, mesmo com todos os percalços da economia brasileira, com
geração de menos emprego a cada ano, a informalidade é um tema que tinha fugido
das análises linhas da imprensa há muito tempo, deixando de ser tratada com a
devida importância e reflexos que derrama sobre toda a economia, mas este é um motivo
para outra análise.
Escrito por, José Carlos Weil
Economista e Professor.
Colaborador político e colunista mensal do Blog
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